terça-feira, 8 de julho de 2008

Sempre orando

Julia e Maria Lúcia eram inseparáveis na adolescência. Cresceram na mesma e várias vezes uito tempo trabalharam juntas na Obra. Durante muito tempo elas se revezavam na liderança da célula que participavam. As amizades delas era show de bola, compartilhavam muitas coisas, mas acredito que cometeram um erro imenso: pouco oraram uma pela outra. Pouco se preocuparam com a vida espiritual uma da outra e não almejavam mais de Deus. Era como se estivessem vivendo em uma fase de conformismo espiritual em que o que haviam alcançado estava mais do que bom. Quando Júlia entrou na faculdade de Medicina descobriu um mundo diferente, um mundo onde as pessoas eram “livres” e se importavam pouco ou quase nada com o que Deus pensava. Muitas delas nem acreditavam na existência do nosso Pai querido. Muitos deles se sentiam deuses de si mesmo, ou almejavam ser deuses, tendo poder sobre a vida do ser humano. Maria Lúcia percebeu que a amiga estava diferente e tentou conversar algumas vezes sobre a vida espiritual dela e tal. Sentiu-se triste em saber que a amiga estava olhando cada vez mais para o homem e menos para Deus. Com o passar do tempo Júlia nem ia mais a igreja e também não procurava mais os amigos. Ao olhar seu Orkut via fotos de festas, frases de filosofias vãs e idéias q mostravam o quanto a amiga estava longe. Maria clamava noite e dia pela amiga e tentava aconselhar sem resultados, mas um dia cansou. Simplesmente tentou apagar Júlia de sua vida e pensava que a amiga deveria se ralar já que desistiu de ouvir a voz de Deus. Os anos foram passando e raramente Maria Lúcia orava pela amiga, até que um dia em um culto de missões se sentiu tocada pelo Espírito e colocou a amiga em sua lista de oração. Em outra ocasião conversando com a mãe da amiga ficou sabendo que esta estava duvidando até da existência de Deus. Foi aí que Maria se deu conta de que tinha intercedido pouco pela vida da amiga enquanto esta se encontrava dentro da igreja e se sentiu triste por ter desistido dela assim que ela se desviou. Ela percebeu que nunca tinha amado a amiga de verdade e que era um zero a esquerda em questão de empatia. Após alguns meses de oração Maria foi a casa da amiga e lhe pediu perdão. Júlia ficou assustada e perguntou: O que vc fez de errado pra mim? Não me recordo de nada. Maria Lúcia disse: eu simplesmente desisti de orar por você. Mas Deus me mostrou que não posso parar, pois ele nunca desistirá. Naquele momento os olhos de Júlia se encheram de lágrimas e ela disse que uma das coisas que a fazia duvidar da existência de Deus era a falta de amor que alguns crentes demonstravam e o fato de a terem “abandonado” quando ela se desviou. Ela disse que pensava “Se Deus é amor por que a Igreja dEle não me ama mais?”. Bem, este foi apenas o primeiro de vários encontros entre as amigas. Elas começaram um processo de discipulado juntas e aos poucos Júlia se voltou para Deus novamente. Hoje a cada encontro elas intercedem pela vida uma da outra, confessam seus pecados e tentam entender mais do amor de Deus por suas vidas. __________________________________________________________________ Esta história nos mostra como demoramos muitas vezes pra entender o que Deus quer de nós e também que não devemos desistir das pessoas. Pense agora naqueles por quem você tem orado e parecem não ter solução. Lembre daqueles por quem você desistiu de orar. Deixe que o Espírito Santo fale com você agora e revele de quantas pessoas você desistiu. Aproveite e recomece a orar por estas pessoas hoje. Com certeza Deus pode fazer muito em suas vidas e na tua vida também.